Na lição número vinte e sete, tratou-se os seguintes assuntos:
• Desequilíbrios na regulação térmica;
• Morfologia do sistema excretor.
- Desequilíbrios na regulação térmica.
O ser humano é um ser homeotérmico, cuja a temperatura de equilíbrio é de 37º C, podendo variar dentro de limites normais.
Numa situação normal, os sensores térmicos detectam variações da temperatura corporal central e cutânea que transmitem ao hipotálamo, este promove, através de múltiplas vias eferentes, repostas que visam a conservação ou a dissipação de calor, quando a temperatura corporal varia fora de limites normais, ocorre anomalias na regulação térmica provocando.
As várias anomalias na regulação térmica são:
• Febre: elevação da temperatura corporal como consequência de uma alteração do centro termorregulador localizado no hipotálamo. Agentes: pirógenos endógenos (polipéptidos produzidos no sistema imunitário); pirógenos exógenos (microrganismos e seus produtos, toxinas, agentes químicos, nomeadamente fármacos); lesões cerebrais. Respostas do organismo: tremores; vasoconstrição; aumento do metabolismo celular. Procedimentos: antipiréticos; provocar o arrefecimento (reduzir o vestuário, compressas de agua fria, banho tépido, etc.).
• Hipertemia: elevação da temperatura corporal acima do ponto de regulação térmica por ineficácia dos mecanismos de dissipação do calor. Agentes: elevação da temperatura ambiente (meio fechado); aumento da taxa metabólica inerente a doenças ou drogas; ausência ou deficiência de aclimatização; lesões no SNC ou SNP; alterações dérmicas que destroem os receptores térmicos ou prejudicam a função das glândulas sudoríparas. Resposta do organismo: vasodilatação; sudação; aumento do debito cardíaco; morte. Procedimentos: os mesmos da febre.
• Hipotermia: diminuição da temperatura corporal para valores inferiores a 35º C. Primária – ausência da disfunção do centro termorregulador hipotalâmico. Secundária – disfunção do centro termorregulador hipotalâmico. Agentes: factores externos (vestuário inadequado e/ou molhado, temperaturas baixas extremas, drogas, etc.); factores internos (debilidade, extremos de idade, imobilidade, etc.). Respostas do organismo: aumento de frequência cardíaca, débito cardíaco e pressão arterial; produção de calor; abrandamento da actividade enzimática; ineficiência das vias metabólicas dependentes de oxigénio (redução de 6% no consumo de oxigénio para cada diminuição de 1º C); vasoconstrição que pode originar queimaduras pelo frio ao nível dos pavilhões auriculares, nariz e extremidades das mãos e pés, o que pode finalizar em gangrena dessas áreas. Procedimentos: evitar a perda de calor (aumentar o vestuário, proteger extremidades corporais, etc.).
- Morfologia do sistema excretor.
O sistema excretor humano é constituído por rins, bexiga, ureteres, que ligam os rins à bexiga, e uretra, através da qual a urina sai do corpo.
O rim tem três regiões: o córtex, a medula e a pelve renal. A camada exterior, o córtex, contém muitos nefrónios, as unidades estruturais e funcionais dos rins. Cada um é constituído por um glomérulo e um túbulo renal. A camada do meio, a medula, consiste em grupos cónicos de canais uriníferos. A região interna, a pelve renal, ramifica-se em cavidades chamadas cálices renais maiores e menores. Os cálices menores recebem urina da medula; em seguida a urina acumula-se nos cálices maiores e passa para o uréter, pronta a ser transportada até à bexiga.
Na lição número vinte e oito, tratou-se os seguintes assuntos:
• Fisiologia do sistema excretor;
• Regulação do equilíbrio hídrico.
- Fisiologia do sistema excretor.
Os três processos para assegurar os mecanismos de osmorregulação e excreção no sistema excretor são: a filtração, a reabsorção, e a secreção.
A urina é constituída por impureza retidas quando o sangue foi filtrado pelos nefrónios. O sangue entra no nefrónio através das arteríolas, que são ramificações da artéria renal, e é filtrado num denso aglomerado de capilares chamado glomérulo. O material filtrado entra então no túbulo renal, no qual ocorre um complexo processo de secreção e reabsorção. As substâncias benéficas, como a glicose, são reabsorvidas e reutilizadas pelo corpo; a acidez do sangue é regulada; e os níveis de água são reajustados. O subproduto resultante desse processo é um líquido, a urina. Constituintes da urina: água, ureia, sódio, cloro, creatinina, ácido úrico e amoníaco.
- Regulação do equilíbrio hídrico.
A taxa de excreção de água na urina, num adulto saudável, é em média 1,5 litros por dia. A quantidade real de urina produzida pode variar entre 500 mL, o valor mínimo indispensável para a remoção de resíduos, até vários litros por dia.
O volume e a composição da urina variam em função dos seguintes factores: estado de saúde; quantidade de alimentos e líquidos ingeridos; temperatura ambiente e da actividade do individuo; etc. Contudo, apesar da variação do volume de água eliminado, a quantidade de liquido do corpo varia menos de que 1%. O equilíbrio hídrico é regulado por um processo neuro-hormonal. A hormona antidiurética, ADH, é segregada pelo hipotálamo e armazenada na hipófise.
A hormona ADH actua nas membranas das células dos tubos uriníferos, aumentando a sua permeabilidade à água, o que permite a reabsorção.
A regulação do equilíbrio hídrico no organismo é explicada por um mecanismo de retro-alimentação negativo. O organismo quando tem excesso de água, o sangue com muita água irriga o cérebro, os receptores do cérebro vão estimular o hipotálamo fazendo com que a pituitária não seja estimulada logo não há a produção de ADH, como consequência a concentração da hormona no sangue que chega aos rins é reduzida logo ocorre a diminuição da reabsorção de água pelos rins fazendo com que haja uma perda de água e o volume de água interno normaliza. Por fim quando o organismo apresenta deficiência de água, o sangue com pouca água na sua constituição irriga o cérebro, os receptores do cérebro estimulam o hipotálamo, este a pituitária fazendo com que haja a produção da hormona ADH, a hormona que se encontra no sangue actua nos rins fazendo com que estes eliminem mais água como consequência ocorre o aumento da sensação de sede logo haverá a ingestão de água fazendo com que haja recuperação de água. O organismo perde água de três formas: pela transpiração, respiração e excreção.
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